domingo, 30 de dezembro de 2012

Reveillon da Santidade


“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17)

Todos nós sabemos o que significa uma faxina numa casa. Sentimos-nos bem melhor com o ambiente limpo, bem cuidado, perfumado e arejado. Há, porém, pessoas que dão pouca importância a esse tipo de trabalho, até mesmo porque se acostumaram à ambientes carregados e pouco cuidados. Mas as mulheres, em especial, sabem o que significa uma faxina completa, aquela de final de ano, quando se revira todos os cantos da casa, descarta-se todo tipo de material imprestável ao uso, etc. Separa-se para descarte, por exemplo: uma cadeira com uma das pernas quebradas, um aparelho doméstico que não funciona bem, uns livros usados e desatualizados, velhas agendas recheadas de anotações e papéis (na verdade, as anotações deveriam estar na agenda e não nos papéis encontrados no seu interior), algumas panelas queimadas e em desuso, uns pratos e copos com bordas trincadas, umas toalhas e peças de roupas desgastadas, canetas e pincéis ressecados, e outros objetos mais. Pois bem! A faxina de final de ano começa e termina assim. A dona de casa verá, finalmente,  que ganhou mais espaço e sentir-se-á feliz e realizada, MAS, antes que tais objetos sejam descartados e recolhidos em definitivo, pode acontecer que a dona de casa, tomada pelo sentimento de posse e apego, refletirá: será que aquela cadeira faltando uma perna não poderá ser recuperada? Sim, vou retorná-la para seu antigo lugar. E aquele aparelho doméstico que não funciona bem pode ser consertado? Sim, o retomarei de volta. E os livros desatualizados? Poderão ser úteis, ainda? Acho que sim. Os colocarei de volta na estante da sala. E as agendas? Parecem-me úteis na medida em que tenho tantas anotações nelas, por isso, as pegarei de volta. E os pratos e copos trincados? Quem sabe poderão me fazer falta. Quero-os de volta. Peças de roupas desbotadas? Que nada! Posso usá-las mesmo assim quando estiver na chácara. Finalmente, os pincéis e canetas ressecados. Tentarei recarregá-los com tinta para ver se os aproveito um pouco mais. Parece-nos engraçada esta história, mas vejo que ela se repete a cada ano. É que, sob o ponto de vista da vida cristã, fazemos isso também. Ao findar cada ano fazemos um balanço do que nos ocorreu e projetamos muito para o ano vindouro. Reconhecemos que faltou-nos mais dedicação à obra de Deus e nos propomos ser mais diligentes no ano seguinte. Pecados e falhas que cometemos durante todo o ano, prometemos não repeti-los no próximo ano. Reconsagramos diante do altar nossas vidas e nossos bens para dedicá-los ao serviço do Senhor. Até choramos diante das mensagens e apelos que ouvimos nas pregações de final de ano. Afinal, prometemos santificar ao Senhor tudo o que temos e que somos com promessas de obediência e santa submissão. Queremos ser “santos”, fazendo uma varredura de todos os arquivos e componentes da mente e coração “mandando prá lixeira”, ainda que provisoriamente, tudo o que reconhecemos desagradar a Deus, quando, na verdade, deveríamos “deletá-los” de imediato.         O "reveillon da santidade" se repete a cada ano, contudo, antes mesmo que deletemos (por completo) as coisas que desagradam a Deus, logo, estamos nós, nos primeiros meses do novo ano, repetindo as mesmas coisas que retiramos do compartimento chamado “mente e coração”. Estamos como que revirando a “lixeira” para recuperar o que deveríamos jogar fora. Por isso, devemos cuidar para que não venhamos ser encontrados assim.  A santificação é um processo que dura por toda a vida e que deve ser o alvo de todo cristão. Constante santificação deve ser o nosso objetivo. O apóstolo Paulo, escrevendo ao jovem Timóteo o recomenda:“Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor (II Tm 2:22). E, ainda: “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra” (II Tm 2:21). Como se vê, a santificação implica em renúncia aos pecados e erros que cometemos a cada dia. Só estaremos preparados para a boa obra que o Senhor nos reservou se estivermos puros diante de Deus, como utensílios e vasos de honra.  É natural que façamos, a cada final de ano, uma reflexão, porém, nossas atitudes devem ser mudadas para melhor. E que Deus tenha misericórdia de nós, para que não nos acostumemos com o ambiente inóspito que desagrada ao Senhor. Pb. Hely

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

NATAL sem JESUS

Natal  para o cristão pressupõe, antes de tudo, BOA-NOVA. Notícia de grande salvação. Essa boa-nova de salvação foi anunciada pelo anjo do Senhor aos pastores, conforme registro do evangelista Lucas. "O anjo porém, lhes disse: Não temais; eis que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo; é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi  o Salvador, que é Cristo, o Senhor."(Lucas 2:10-11). Natal significa, portanto, alegria em razão de Deus ter cumprido sua promessa de, no tempo oportuno, enviar seu Filho para restaurar o que se havia perdido. Mas podemos pressupor natal sem a presença de Jesus? Como seria um Natal sem Jesus? Sim podemos constatar que para muitos o natal, necessariamente, não exige a presença de Jesus. E isso não é de agora. Vejam que o evangelista João noticiou coisa semelhante: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam". Os Judeus rejeitaram o Messias porque esperavam um Rei que pudesse governar sobre eles com a força da espada. Esperavam um reinado à semelhança dos reinos deste mundo. Mas Jesus não é esse rei que os Judeus esperavam. João Batista, precursor de Jesus, já anunciava: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus".(Mateus 3:2). E o próprio Jesus, diante de Pilatos, disse:"O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui"(João 18:36). Lamentavelmente, a situação não melhorou. O natal para muitos está longe de ser a anunciação da boa-nova de salvação. Ao contrário, constitui-se de momentos de intenso deleite nos prazeres da carne, ao som de muita música profana, bebedices, glutonaria, sensualidade e outros inconvenientes. Jesus, não passa de uma figura mitológica para muitos e o natal uma oportunidade de lazer e consumo. Aquele que deveria ser presenteado com atitudes de reverência e carinho, mediante santa submissão, por ser Ele o centro das atenções, certamente, continua à margem da festa que marca o cristianismo. Em seu lugar, aflora-se outra figura, o homem, com toda sorte de pecados, costumes e cultura. Tudo centrado na sua própria pessoa. Mas, o apóstolo Paulo, escrevendo ao Romanos, adverte: " Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." (Romanos 14:17). Pensemos, pois, no verdadeiro Natal e vejamos se estamos nos comportando como autênticos cristãos. E que Deus tenha misericórdia de nós. Pb. Hely

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O Poder do pecado

Recentemente a mídia tem ocupado muito do seu espaço para noticiar os escândalos cometidos por personagens de notável influência na política, nos órgãos públicos e no meio empresarial do Brasil. É bem verdade que fatos negativos que envolvem  personagens influentes acontecem em qualquer parte do mundo, contudo, no Brasil, parece-nos que a situação já chegou ao nível do descontrole. É que, quando menos se espera, surge uma notícia de corrupção e desvio de conduta.  Há poucos dias vimos um desses personagens saindo da prisão para se internar em um estabelecimento hospitalar para tratamento da saúde. Os médicos, através de boletim, informaram que o paciente estava com seu estado físico debilitado, pelo que precisariam de alguns dias para reabilitar o doente, contudo, o que mais os preocupavam era o estado emocional e psíquico do paciente. Este se encontrava confuso, deprimido, alternando momentos de grande euforia e depressão. Pois bem! Aproveitando esta triste notícia quero fazer com você uma reflexão acerca do PODER DO PECADO. E vou logo indagando: tem de fato o pecado poder sobre as pessoas? Se ele tem poder sobre as pessoas, onde ele as atinge? Quero lhe responder com base na Bíblia, a Palavra de Deus, senão vejamos: A Bíblia diz que todos pecaram, sem exceção. Rm 3:23 - "todos pecaram e carecem da glória de Deus".  Davi, no Salmo 51:5 assim diz: "Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe."  O evangelista João, referindo-se a uma palavra de Jesus, assim escreveu: João 8:34 -"replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado". Portanto, meus queridos, o pecado é uma realidade na vida do homem (gênero), não havendo a menor possibilidade de negarmos isso. E, mais, todo o que vive no pecado é escravo do pecado. Muitos, porém, confundem pecado, corrupção e outros desvios de comportamento, com sucesso e prosperidade. Adquirir muitos bens e ser influente pode significar para muitos o mesmo que ser "bem-sucedido" e ser "próspero". E, em busca desta "prosperidade",  muitos se perdem. Muito se afundam no pecado. O pecado, sendo uma realidade, tem poder para atingir o homem: no seu físico: Davi, mais uma vez, referindo-se ao pecado, e, agora, no tocante ao seu próprio pecado, assim diz: Salmo 32:3-4 -"Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos constantes gemidos todo dia". "Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio."Sim, o pecado atinge o homem no seu físico a ponto de levá-lo a morte. Mas o pecado atinge o homem, também, na sua alma. O profeta Ezequiel, falando da parte de Deus a respeito da responsabilidade pessoal, assim disse: "Veio a palavra do Senhor, dizendo: A Alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este."(Ez 18: 1 e 20). Isso quer dizer que cada um dará conta de si  no dia do juizo. O pecado não só debilita o físico mas fere a alma com dardos inflamáveis. O pecador experimentará, inexoravelmente, a força do pecado sobre a sua alma a ponto de vê-la abatida. Finalmente, o pecado atinge o homem no seu psíquico. O apóstolo Paulo, em sua segunda epístola aos Corintios diz: "Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza  devidas a Cristo."(II Co 11:3) Ainda, em sua segunda carta endereçada a Timóteo, Paulo trata dos males e as corrupções dos últimos dias, asseverando: "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus........E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé." (II Tim 3: 1 a 4 e 8). Vejam, portanto, a atualidade da Palavra de Deus. Aplicável ao homem de ontem e de hoje. A corrupção nos dias de hoje não é menor do que nos dias de Sodoma. O homem sem Deus continua escravo e a mercê do pecado; com a sua mente corrompida. Somente o poder transformador e regenerador do Espírito Santo de Deus é capaz de mudar a história de tantos personagens, conhecidos ou não, influentes ou não. "Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à salvação, ainda que não falamos desta maneira". (carta aos Hebreus 6:9). Só há um poder capaz de sobrepor o poder do pecado: o poder Regenerador do Espírito Santo de Deus. Pb. Hely

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Palavrão


Palavrão? @#%*!!!! Como assim?!

O Solano Portela já escreveu aqui sobre palavrão. Acredito que ele já mostrou com clareza os argumentos bíblicos para que os seguidores de Jesus não fiquem usando palavrões em suas comunicações, faladas ou escritas. Há outros argumentos baseados no bom senso, educação e etc.

É que de vez em quando leio os murais e comentários de alguns dos mais de 3 mil "amigos" que tenho no Facebook e não poucas vezes me deparo com murais compartilhando fotos meio-eróticas, palavrões, para não falar de comentários cheios de palavras chulas e palavrões do pior tipo. Sei que boa parte destes amigos não são crentes em Jesus Cristo. Mas estou me referindo aos que se identificam como crentes, que postam tanto declarações de fé e amor a Jesus quanto material chulo.

Os argumentos a favor do uso de palavrões pelos crentes podem parecer bons: todo mundo usa, trabalho ou estudo num ambiente de descrentes e não quero parecer um ET, não tenho nenhuma intenção maligna ou pornográfica, etc.

O problema - para os crentes que tomam a Bíblia como regra de fé e prática e como o referencial de Deus para suas vidas - é o que fazer com estas passagens:

"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem" (Ef 4:29).

"3 Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos;  4 nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças.  5 Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.  6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.  7 Portanto, não sejais participantes com eles" (Ef 5:3-7).

"34  Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração.  35 O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más.  36 Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo;  37 porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mat 12:34-37).

"Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (1Cor 15:33)".

"Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar" (Col 3:8).

"A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um" (Col 4:6).

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento". (Filip 4:8).

As interpretações destes versículos podem variar entre si, mas resta pouca dúvida de que o conjunto deles traz uma mensagem uniforme: o filho de Deus é diferente do mundo, no que pensa e no que fala. A pureza e a santidade requeridas na Bíblia para os cristãos abrange não somente seus atos como também seus pensamentos e suas palavras.

Eu sei que muitos vão dizer que o problema é a definição de palavrão. Entendo. Sei que palavras que ontem arrepiavam os cabelos de quem as ouviam, hoje viraram parte do vocabulário normal. Sei também que palavras que são palavrão numa região do Brasil não são em outra. Mesmo considerando tudo isto, ainda há muitos cristãos que usam palavrões no sentido geral e normal. É só ler blogs, comentários em blogs, murais e comentários no Facebook, tuítes da parte de gente que se diz crente.

Acho que a vulgarização do vocabulário dos evangélicos é simplesmente o reflexo do que já temos dito aqui muitas outras vezes: o cristianismo brasileiro é superficial, tem muita gente que se diz evangélica mas que nunca realmente experimentou o novo nascimento, as igrejas evangélicas estão cedendo ao mundanismo e ao relativismo da nossa sociedade. em vez de sermos sal e luz estamos nos tornando iguais ao mundo no viver, agir, pensar e falar.

Proponho o retorno daquele corinho que aprendíamos quando éramos crianças nos departamentos infantis das igrejas históricas:

"O sabão, lava meu rostinho
Lava meu pezinho, lava minha mão.
Mas, Jesus, prá me deixar limpinho,
Quer lavar meu coração".

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Monge e o Escorpião



Conta uma lenda que certo Monge caminhando com seus discípulos, ao passar por uma pequena ponte construída sobre um riacho, deparou-se com um enorme escorpião que,  caído nas águas, se via em grande perigo de morte, vez que se debatia contra as correntes numa luta inglória, na busca da margem segura. Na verdade, estava exausto e jamais poderia se salvar, a menos que lhe sobreviesse alguma ajuda. O Monge, diante daquela situação, não vacilou, eis que, de sobre a ponte, lançou-se nas águas em direção ao escorpião  e, depois de algum tempo, pode ter em uma de suas mãos, seguro, o peçonhento animal. Mas, quase chegando à margem do riacho, objetivando depositar o animal em terra segura, eis que recebeu contundente picada do escorpião em uma das mãos, pelo que foi obrigado a deixá-lo cair novamente nas águas. A operação de resgate se repetiu até, finalmente, conseguir salvar o injusto escorpião. Ao retornar para junto de seus discípulos, um deles lhe direcionou a seguinte pergunta:  
“mestre, por que é que o senhor conhecendo o perigo de um escorpião, segurando-o pela mão, sendo picado por ele, mesmo assim agiu insistentemente até salvá-lo? Não seria melhor deixá-lo morrer?”
Ao que respondeu o Monge: “ele (escorpião), agiu segundo a sua natureza; eu, porém, agi segundo a minha natureza”
Essa lenda não tem nenhum valor teológico ou doutrinário e jamais poderá suplantar qualquer fato ou narrativa bíblica, porque estes se revestem de credibilidade histórica comprovada e fazem parte da Palavra de Deus Inspirada e Revelada ao homem. Aquela (lenda), porém, pode servir de ilustração de uma verdade experimentada por nós, nada mais. Diante, portanto, da ilustração, faço a seguinte pergunta: COMO DEUS AGIU EM RELAÇÃO A NÓS? Segundo a nossa natureza ou segundo à Sua Própria Natureza?  EM PRIMEIRO LUGAR: Creio que Deus agiu segundo a nossa natureza.  A Bíblia diz que não temos mérito algum na nossa salvação. Somos indignos, pecadores e, por natureza, éramos filhos da ira como os demais (Ef. 2:3). Que estávamos mortos nos nossos delitos e pecados (Ef.2:1) e, por isso, não tínhamos a menor condição de soerguermos. Deus viu em nós nenhuma possibilidade de mudança de direção pela total deformidade do caráter nosso, em razão do pecado. Isso se explica, ainda hoje, quando notadamente constatamos que existe um luta dentro de nós. A luta da velha natureza travada contra a nova natureza. Não atingimos a plenitude da perfeição de Cristo, por isso, de vez em quando somos assaltados por essa realidade. Nossas atitudes revelam muito mais perigo do que a atitude daquele escorpião. Somos seres pensantes, podemos maquinar o mal, agimos conforme o nosso temperamento e emoções, razão pela qual, devemos nos refrear constantemente para não pecarmos contra Deus e o próximo. Não fossem as misericórdias do nosso Deus, certamente já teríamos sucumbido. É a conclusão do profeta cf. Lamentações 3:22 – “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”. Deus agiu em relação a nós segundo a nossa natureza porque considerou-nos impotentes para sairmos do lamaçal a que nos reduziu o pecado.
EM SEGUNDO LUGAR: Deus agiu em relação a nós segundo a Sua Própria natureza. Despiu-se de Toda Sua Glória, encarnou-se, veio até nós com grande e terno amor para remover, através de Seu Único Filho, Jesus, a barreira estabelecida entre Ele (Deus) e nós. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”(João 3:16). Foi uma imensurável dádiva! Nós alcançados pela misericórdia do Grande Deus, sendo salvos para sempre e para uma vida de gozo na presença do Senhor. Deus se doou em nosso favor e, numa situação ou outra, ou seja, em razão da nossa natureza ou em razão da Sua natureza, agiu com muito AMOR. Amor é o que devemos uns aos outros, nada mais. É o maior mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Pensemos nisso! E que Deus te abençoe. Pb. Hely

sábado, 24 de novembro de 2012

Errar é humano


Não raras vezes encontramos alguém dizer: “errar é humano”, “a carne é fraca”,  “eu não tenho sangue de barata”. Estas expressões normalmente são aplicadas em situações diferentes, no entanto, todas elas revelam o caráter do ser humano que, de uma forma ou outra, tenta justificar seus erros, suas falhas e desvios de comportamento. A situação se agrava ainda mais quando percebemos a desenfreada onde de violência que assola o país e o mundo. Como se isso fizesse parte natural do convívio em sociedade, já nos acomodamos, para não dizer acostumamos, com a repetitiva seleção de fatos que tomam as manchetes dos jornais e da mídia televisiva. Mortes violentas, homicídios, assaltos, estupros, agressões verbais, desentendimentos diversos, badernas, orgias, bebedices, glutonarias, desobediência aos pais, divórcios por motivos fúteis, traição, infidelidade, corrupção, etc. Querem mais? Acho que posso parar por aqui. Tudo isso reflete o comportamento da natureza humana com seu caráter corrompido pelo pecado. Solução: existe? Vejamos o que a bíblia diz: Paulo, escrevendo aos crentes da igreja de Colossos, no capítulo 3 da sua carta, trata do processo de transformação do caráter humano. Ele ressalta a importância da nossa UNIÃO COM CRISTO e os RESULTADOS DESSA UNIÃO. A partir do verso 12 até o verso 14, ele recomenda o cultivo das virtudes. Virtudes próprias daqueles que foram alcançados pela misericórdia de Deus. Assim diz o texto:

“ Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.”

Verdadeiramente não podemos nos apropriar das expressões acima para desculpar os erros, desvios ou qualquer outro comportamento que foge do padrão típico daquele que foi alcançado por Deus. Paulo, no texto em destaque, foi enfático. Depois de considerar os resultados da nossa UNIÃO COM CRISTO, sendo esta a FONTE de toda maturidade e crescimento espiritual do cristão, no imperativo, nos concita para que nos portemos como verdadeiros eleitos de Deus. Isso quer dizer que o “velho homem”, a velha natureza, está morta. E, se a natureza humana decaída está morta, devemos nos revestir da nova natureza, a natureza que revela o caráter de Cristo. E isto não se dá pela força do poder pessoal. A nova identidade vai se formando à medida da intensificação do conhecimento de Cristo. Volto, assim, à pergunta inicial. Existe solução para a cura do caráter corrompido do homem? Existe solução para tanta violência e toda sorte de desvios e pecados que a sociedade comete? Sim, existe. A solução está no verdadeiro conhecimento do caráter de Cristo. No entanto, busca-se solução em outras fontes. Fontes ressequidas que não têm como saciar a sede da mais tenra criança. Busca-se igualdade de direitos; busca-se aprovação de leis mais severas; busca-se reforçar a segurança, etc, etc. Só não se busca o conhecimento do Cristo. Somos um Estado laico e não nos é permitido falar de Deus, da Sua Palavra (a Bíblia), no âmbito das escolas públicas. Há forte movimentação no sentido de retirar toda e qualquer expressão que fale de Deus dos ambientes dos órgãos públicos e até da moeda nacional, expressão como “Deus seja Louvado”. No entanto, ideologias e comportamentos corrompidos, drogas, desamor ao próximo, ignorância aos símbolos da pátria, corrupção, tudo isso, de uma forma ou de outra, dominam muitas pessoas e invadem lugares onde não é permitido falar de Deus. Não há quem possa impedir o avanço dessas misérias. Cabe-nos, portanto, nos dedicar à oração. Oração incessante em favor da nossa gente tão sofrida. E que Deus te abençoe. Pb. Hely



domingo, 18 de novembro de 2012

Nem tudo tem um preço


Nem tudo tem um preço



No século XIX o filosofo e economista escocês Adam Smith disse que: “não é da benevolência do padeiro,do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu auto-interesse” Com isto, Adam Smith queria dizer que tudo, afinal, tem um preço e que é em busca do lucro que as pessoas fazem as coisas.Mas, será que a tese de Smith é confirmada pela realidade ou ela não passa de mera opinião sem um fundamento solido?  Na tentativa de responder a estas questões, um jornalista de economia americano lançou recentemente um livro cujo titulo em português é: “O preço de todas as coisas”. Nele, o jornalista argumenta, de forma divertida, que uma observação cuidadosa da vida moderna nos leva claramente à conclusão de que Adam Smith estava certo, tudo realmente tem um preço. Segundo ele, na sociedade atual, regida pela lógica do capital e do consumo, mesmo aqueles artigos, bens ou patrimônios não materiais como a beleza, o bem estar, a tranqüilidade, a felicidade, tem um preço. Como  já dizia a sabedoria popular:  “Neste mundo a gente paga para nascer, paga para viver e no final ainda tem que pagar para morrer.”Entretanto, se é esta a realidade, fico pensado se conseguiremos construir um mundo melhor e mais justo para todos, uma vez que as ações altruístas como aquelas que visam o bem comum e não apenas o de si próprio estão fora de moda. Onde estão as ações altruístas dos homens? Será que elas existem? Praticá-las ainda hoje é possível? Me pergunto!? Acho que uma verdadeira resposta só poderá ser encontrada quando considerarmos as palavras e as ações daquele que segundo a Bíblia Sagrada: “Amou o mundo de tal maneira que  DEU seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16) . A Bíblia diz que Deus por meio do seu filho Jesus Cristo amou o mundo incondicionalmente. Ele o amou quando este ainda era pecador e a despeito de sua rebeldia (Rm 5.8). O próprio Jesus é descrito como aquele que a si mesmo se entregou por amor dos homens pecadores. O justo morrendo pelos injustos. Ele sem pecado se fez pecado pelo mundo. (2 Cor 5.19-21). Jesus também ensinou que o que a mão direita fizer, não o saiba a esquerda, que diferente dos ímpios que só amam os amigos, os justos devem amar seus inimigos, que os que querem ganhar têm que perder e que servir e não ser servido deve ser a norma de vida de quem o segue. O apostolo Paulo ecoando o ensino de Cristo sobre a alteridade e o altruísmo disse que melhor é dar do que receber. Portanto, ao consideramos as palavras das Escrituras, vemos que não só ações altruístas foram praticadas, como fomos ensinados e que esta deve ser a regra de vida dos que crêem e amam a Deus. A questão, no entanto, é o quanto deste ensino temos praticado hoje. Será que tudo que fazemos tem realmente um preço? (extraído do Boletim da Igreja Presbiteriana Central de São Gonçalo do Sapucaí – Minas Gerais - BRASIL)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Fundamentos da Fé - Perseverança dos Santos


O QUE O LÍDER PRECISA SABER SOBRE PERSEVERANÇA DOS SANTOS
(Romanos 8:30)



Predestinou X Chamou = Chamou X Justificou = Justificou X Glorificou
Perseverar: persistir, manter-se firme e constante, continuar, permanecer, conservar-se firme e constante numa resolução.
inspiração novamentePerseverança dos Santos é uma doutrina muito abençoada e confortadora porque mostra as verdades que oferecem segurança ao crente.
Deus quer que os Seus filhos, os salvos, tenham certeza da salvação. Quais são os filhos de Deus? João 1:12.
Afirmamos que Deus quer que os Seus filhos tenham certeza da salvação. Para provar esta afirmação, queremos esclarecer que há uma carta na Bíblia que foi escrita com este propósito. É a carta de 1 João.
“Estas cousas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em nome do Filho de Deus” 1 João 5:13.
O crente pode ter certeza da salvação porque a Palvra de Deus assim autoriza.
O texto diz: “tendes a vida eterna” o que nos leva a ter a vida eterna aqui e agora é: “credes no nome do Filho de Deus.”
Logo o crente não pode perder a salvação e é justamente por isso que ele tem a salvação garantida, assegurada. O crente tem certeza que está salvo.
CERTEZA – O que vem a ser “certeza”? Certeza da salvação trata da segurança no dia de amanhã, como no dia de hoje. Se eu pudesse estar salvo hoje e me perder amanhã, não poderia ter certeza da salvação. (Jo 15:16; Tg. 1:17; Hb. 13:8; Ef. 2:8 e Rm. 11:29).
É por isso que a doutrina da Perseverança dos Santos é de muita importância.
Primeiro, é uma doutrina confortadora e dá segurança aos salvos, o que é da vontade de Deus. Nós estamos dizendo que Deus salva para sempre. Paulo escreveu Fp. 1:6. Ele tinha certeza que os salvos não iriam se perder de novo. Esta boa obra tinha sido por iniciativa de Deus exclusivamente. Paulo tinha certeza que Deus salva para todo sempre.
As razões bíblicas da perseverança são muitíssimas. Vamos considerar apenas algumas; duas das quais vamos estudar, relacionam com o Pai, três com o filho e duas com o Espírito Santo.

As três pessoas da Santíssima Trindade cooperam na obra de garantir a salvação.

I – Em relação ao Pai:
            A Perseverança dos Santos ou crentes, depende do Propósito e Poder do Pai.
            Devido este poder e propósito do Pai, podemos afirmar que somos guardados pelo Pai. Ef.1:11 “Fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade.”
            A salvação eterna do Seu povo é do propósito de Deus Pai: “Ele faz todas as cousas conforme a Sua vontade.” Por isso podemos ter certeza da salvação, porque é propósito de Deus. Por esta razão Ele nos guarda. (Jo 17:15:16; IPe. 1:3-5, Vs. 5 “...que sois guardados pelo poder de Deus...” e João 5:18).
            O propósito de Deus Pai é a salvação do Seu povo. Mas o diabo tem um propósito muito diferente. Ele quer levar todos à perdição. Será que ele consegue? João responde: 1 João 4:4 “Filhinhos vós sois de Deus, e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que está no mundo.”
            A perseverança dos Salvos está garantida para sempre pelo propósito e poder do Pai. O propósito do Pai se cumpre porque Ele tem poder (Todo-Poderoso). O Seu poder é suficiente. O Senhor Jesus disse em João 10:29 que “Aquilo que meu pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.” Está dizendo: Somos seguros porque o poder do nosso Pai é maior do que o do inimigo. Então estamos salvos para sempre.
            Duas razões da Perseverança dos Salvos, tem a ver com Deus Pai: Somos salvos pelo propósito e poder do Pai.

II - Em relação ao Filho:
            Três razões da Perseverança se relacionam com o Filho. Esta passagem bíblica fala das três razões: Rm. 8: 34-39. “Quem condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”  E agora Rm. 8:1.
            Segundo Rm. 8:34, a morte, a ressurreição e intercessão de Cristo. A nossa salvação depende destas três razões importantes, ligadas ao Filho.
            - O Pai nos guarda salvos pelo Seu propósito e poder.
            - O Filho garante a segurança dos salvos por causa da Sua morte, ressurreição e intercessão.

III Em relação ao Espírito Santo:
            Duas razões da Perseverança dos Salvos estão ligadas ao Espírito Santo. Ef. 1:13-14 “Tendo n’Ele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa o qual é o penhor da nossa herança até o resgate da propriedade, em louvor da Sua glória.”
            O que vem a ser o Selo? O selo do Espírito é a marca da propriedade divina. Penhor? O Penhor é a garantia da redenção.
            Estes dois símbolos mostram que o Espírito Santo garante a perseverança dos que crêem e esta garantia é eterna.
            O Espírito Santo nos guarda “até o resgate as Sua propriedade” (até a volta de Cristo), porque Ele é o Selo e o Penhor da nossa salvação.

RECORDANDO
A doutrina da “Perseverança” nos ensina que Deus salva para sempre.
- Deus Pai garante a salvação eterna do Seu povo, pelo Seu propósito e poder.
- Deus Filho: pela Sua morte, ressurreição e intercessão.
- Deus Espírito Santo: porque é Selo e Penhor da nossa redenção.


OBJEÇÕES
Os que fazem objeções a esta doutrina, dizem que, se Deus garante a salvação de todos que aceitam a Cristo, a fé e as obras seriam inúteis.
A Bíblia ensina que Deus é quem mantêm o Seu povo no caminho da fé e das boas obras.
Os que crêem em Cristo continuam na fé, porque Deus os guarda não somente na fé, como também nas boas obras.

PROBLEMA
O Apóstolo João enfrentou o problema com pessoas que professaram a fé e não continuaram. Veja que ele disse: 1 Jo. 2:19. Um exemplo deste fato é Judas Iscariotes.
O Apóstolo João sabia que os verdadeiros crentes continuam na fé e na prática de boas obras. Continuam não por sua própria força e poder, mas porque são guardados por Deus.

CRISES
O crente pode ter crise: financeira, física e espiritual, “mas são mais que vencedores” (Rm. 8:37); Exemplo: Pedro, Jonas, Davi, Filho Pródigo (voltiu), Nabucodonosor, Manassés, etc.

CONCLUSÃO
Somos guardados pelo Propósito e Poder do Pai; Segurados por causa da morte, ressurreição e intercessão do Filho e garantidos pelo Espírito Santos que é Selo e Penhor da nossa redenção.
            Passagens para consultas: 1 João 5:11-13; João 10:27-29; 2 Tm. 1:12; João 6:37,47, 5:24, 3:36; Hb. 13:5.

CONVICÇÃO DA SALVAÇÃO

            É fundamental que tenhamos convicção em nossa vida. A Bíblia garante que podemos ter convicção da vida eterna. Sem esta convicção é impossível viver a vida cristã. Ao fazer este estudo, examine como está a sua convicção à luz da Palavra de Deus.
I – Necessidades para que alguém seja salvo. (Torne-se filho de Deus ou nasça de novo)
1.    Arrepender-se dos seus pecados. (At. 3:19-21). Todos são pecadores (Rm. 3:23) e precisam de arrependimento (Ec. 7:20; Sl. 51:5; 58:3).
2.    Crer (At. 16:31; Rm. 1:16). Colocar a fé em Cristo (At. 20:21). A fé não deve ser colocada em coisas, religião, obras, sentimentos, pessoas, méritos próprios, etc; mas, em Cristo. Jesus levou na cruz os nossos pecados (1 pe. 2:24). Ele é o único que pode salvar (1 Tm. 2:5).
3.    Aceitar ou entregar a vida a Jesus Cristo (Jo. 1:12). É Deus quem dá a salvação de graça. Somos salvos pela bondade de Deus, sem méritos nossos (Ef. 2:8-9; Tt. 3:4-5). O homem precisa diante de Deus reconhecer que sem Ele está perdido, desejar mudar de vida, arrepender-se dos seus pecados e, pela fé, através de uma oração, entregar totalmente a sua vida a Jesus Cristo.  
II – Benefícios recebidos por alguém que nasce de novo.
1.    Os seus pecados são perdoados. (I Jo. 1:9);
2.    Torna-se filho de Deus (Jo 1:12; Gl. 3:26);
3.    Passa a pertencer à família de Deus (Ef. 2:19);
4.    É justificado – declarado justo por Deus (Rm. 5:1);
5.    Passa a ter paz com Deus (Rm. 5:1);
6.    Fica livre da condenação (Rm. 8:1; Jo 5:24);
7.    Recebe uma nova vida – novos hábitos, comportamento, nova maneira de pensar, etc. (2 Co. 5:17; Ef. 2:1).
III – Podemos ter certeza da vida eterna.
    Leia e observe o tempo dos verbos.
- João 3:18
- João 5:24
- I João 5:12
               Os versículos acima falam de uma realidade presente.
            IV – A continuação da nova vida. (Fp. 2:12)
            O novo nascimento é o inicio da vida com Deus. A nova vida recebida de Deus, precisa ser desenvolvida. Recebemos a salvação pela graça de Deus. A vida cristã também só pode ser vivida pela graça de Deus. Deus já providenciou tudo para que possamos ter vitória. A chave para o crescimento é OBEDIÊNCIA TOTAL DE DEUS.

Conclusão
Deus não nos salva para uma vida inativa e infrutífera (Jo 15:16). Comece desde já a servir. Estude a Palavra de Deus. Fale com outras pessoas que você é uma nova criatura em Cristo Jesus. Reúna-se com seus irmãos para adorar a Deus, estudar a Bíblia e viver em comunhão.




sábado, 10 de novembro de 2012

Voltemos ao Princípio

Voltemos ao princípio. Explicaremos a frase em algumas palavras. Muito se tem discutido sobre a violência e o descontrole de comportamento de jovens, adultos e até crianças, nos dias de hoje. Fala-se muito sobre violência. E ela está visível a todos, bastando ler os jornais ou assistir aos programas de televisão. Basta ir às escolas e logo se verá que o mundo está às voltas com um problema crônico, talvez sem solução. Daí, precisamos voltar ao princípio. Como isso pode acontecer? Primeiro: voltemos ao princípio buscando na história informações de como viviam nossos pais, avós, bisavós e caminhemos no sentido de identificarmos quando e onde falhamos ou interrompemos algo a ponto de desaguar nessa terrível realidade: a violência. Segundo: voltemos ao princípio no sentido de observarmos o princípio fundamental para um vida equilibrada: a sabedoria de Deus. A sabedoria de Deus não deve ser apenas buscada mas praticada. E, qual a razão pela qual ela não é praticada ? Por falta de conhecimento. Lembro-me que fui educado na obediência aos pais e a Deus, sobretudo. Nesse processo de educação, passei pelo ensino formal em escolas públicas, praticamente. Tinhamos respeito pelos professores, honrávamos a pátria ao cantar o hino nacional e participávamos das festividades cívicas. Tudo, com alegria e prazer. Nada de imposição. Aliás, éramos voluntários nessas atividades, pelo que não era necessária medidas coercitivas. Mais tarde, prestamos o serviço militar obrigatório. De fato, sempre foi obrigatório o serviço militar, contudo, fui voluntário e me apresentei para isso. E o fiz com responsbilidade e alegria. Nunca me vi obrigado a fazer nada. É que entendi um princípio fundamental: somos nada mais que servos e servir é mais honroso do que ser servido. O próprio Jesus disse: ..." o Filho do Homem,  não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos." - Mateus 20: 28. Se voltarmos ao princípio notaremos que um princípio foi quebrado em determinado momento - o princípio do respeito. Respeito a Deus, respeito aos pais, respeito ao próximo, respeito ao mestre (professor), respeito à pátria. Se não respeitamos, não obeecemos;  se não obedecemos, nos tornamos rebeldes; se nos rebelamos, nos tornamos violentos. Os dias são maus e temos uma tarefa urgente: voltar ao começo e educar a nova geração observando regras e princpios fundamentais, a exemplo do temor a Deus e obediência aos pais. E que Deus tenha misericórdia de todos nós! Pb. Hely

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mimados em Cristo

Você já ouviu falar da "Igreja dos Mimados em  Cristo" ? Não? Até pouco tempo eu também nunca havia tido notícias dessa "igreja". Pois bem! Vou explicar. E vou começar informando que, de fato e de verdade, essa igreja existe. Cheguei a essa triste conclusão. É que estive conversando com uma irmã em Cristo, de uma denominação que não a minha, oportunidade que referida irmã me perguntou sobre essa tal "igreja". Confesso que, de momento, apenas sorri sem nada responder, ao que ela me interceptou e passou a explicar. Segundo aquela irmã, "na sua igreja, existe um pequeno grupo de irmãos que fazem jus a esse título. É que estão sempre reclamando de alguma coisa; sempre questionam esse ou aquele trabalho interno; reclamam da direção; dos alvos e da execução do trabalho; quando convocados, não se apresentam com alegria. Preferem criticar os que trabalham. E, continuou: para esses irmãos, o melhor seria criar uma nova igreja onde todos poderiam congregar, com lindos tapetes vermelhos estendidos nos corredores tão logo adentrem o templo. Talvez, assim, poderiam se sentir melhores." Terminada a explicação, voltei a sorrir, contudo, depois de algumas reflexões com ela sobre o assunto e, depois já em casa, continuei a pensar sobre essa tal "igreja". E, como disse no início, cheguei a uma triste conclusão de que, realmente, essa "igreja" existe. Ela não se encontra estabelecida em um suntuoso templo; ou num simples ponto de pregação da periferia de uma cidade qualquer. Ela não cumpre horário pré-estabelecido e nem se concentra em um único local. Princípios, regras, disciplina e normas estatutárias são coisas do passado. Da era medieval. Estamos nos tempos da modernidade e tudo isso que vemos já está ultrapassado. Esse é o conceito desses que fazem parte dessa prefalada "igreja". Na verdade os membros dessa "igreja" estão em toda parte. Participam de todas as denominações. São ecléticos. Versáteis. Hoje estão aqui e amanhã estão acolá. E onde chegam exercem fiscalização serrada colocando seus olhos clínicos em todos e em tudo. E não falta relatórios. Relatam de ouvido-em-ouvido tudo quanto não gostam: da bateria, do sermão, das músicas, da forma litúrgica. São verdadeiros "MIMADOS EM CRISTO" permeados em toda parte onde existe uma igreja engajada na pregação do evangelho, com suas lutas contra o inimigo deste século. Não bastasse a ferrenha luta que a verdadeira igreja trava contra o adversário deste mundo (Satanás), ainda, terá sempre de se desgastar com os adversários internos, os crentes "MIMADOS EM CRISTO". Reflitamos, pois, para não sermos encontrados no rol destes. E que Deus te abençoe! Nos abençoe! Amém. Pb. Hely

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O Justo e o Ímpio



DISTINÇÕES ENTRE O JUSTO E O ÍMPIO
Texto básico: Prov. 10:1-32
1   Provérbios de Salomão. O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe.
2   Os tesouros da impiedade de nada aproveitam, mas a justiça livra da morte.
3   O SENHOR não deixa ter fome o justo, mas rechaça a avidez dos perversos.
4   O que trabalha com mão remissa empobrece, mas a mão dos diligentes vem a enriquecer-se.
5   O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.
6   Sobre a cabeça do justo há bênçãos, mas na boca dos perversos mora a violência.
7   A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão.
8   O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios vem a arruinar-se.
9   Quem anda em integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido.
10   O que acena com os olhos traz desgosto, e o insensato de lábios vem a arruinar-se.
11   A boca do justo é manancial de vida, mas na boca dos perversos mora a violência.
12   O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.
13   Nos lábios do prudente, se acha sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de senso.
14   Os sábios entesouram o conhecimento, mas a boca do néscio é uma ruína iminente.
15   Os bens do rico são a sua cidade forte; a pobreza dos pobres é a sua ruína.
16   A obra do justo conduz à vida, e o rendimento do perverso, ao pecado.
17   O caminho para a vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona a repreensão anda errado.
18   O que retém o ódio é de lábios falsos, e o que difama é insensato.
19   No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente.
20   Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco.
21   Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos.
22   A bênção do SENHOR enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto.
23   Para o insensato, praticar a maldade é divertimento; para o homem inteligente, o ser sábio.
24   Aquilo que teme o perverso, isso lhe sobrevém, mas o anelo dos justos Deus o cumpre.
25   Como passa a tempestade, assim desaparece o perverso, mas o justo tem perpétuo fundamento.
26   Como vinagre para os dentes e fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.
27   O temor do SENHOR prolonga os dias da vida, mas os anos dos perversos serão abreviados.
28   A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá.
29   O caminho do SENHOR é fortaleza para os íntegros, mas ruína aos que praticam a iniqüidade.
30   O justo jamais será abalado, mas os perversos não habitarão a terra.
31   A boca do justo produz sabedoria, mas a língua da perversidade será desarraigada.
32   Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos perversos, somente o mal.

INTRODUÇÃO: 
Sobre o livro de provérbios:
                   O livro de provérbios é o nº 20 no cânon das Escrituras Sagradas.
                   O Rei Salomão, filho de Davi, é o principal escritor de Provérbios, mas foram proferidos também por Agur e Lemuel. Logo que Salomão se tornou rei de Israel, por volta dos anos 1.037 A.C., ele orou a Deus pedindo-lhe “sabedoria” e “conhecimento” para “julgar o grande povo” que Deus lhe deu para governar.
                   Como resposta à sua oração, Deus lhe deu conhecimento e sabedoria e, ainda, um coração entendido. Conforme:

 2 Crônicas 1: 10-12:
10   Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que eu saiba conduzir-me à testa deste povo; pois quem poderia julgar a este grande povo?
11   Disse Deus a Salomão: Porquanto foi este o desejo do teu coração, e não pediste riquezas, bens ou honras, nem a morte dos que te aborrecem, nem tampouco pediste longevidade, mas sabedoria e conhecimento, para poderes julgar a meu povo, sobre o qual te constituí rei,
12   sabedoria e conhecimento são dados a ti, e te darei riquezas, bens e honras, quais não teve nenhum rei antes de ti, e depois de ti não haverá teu igual.


                   E o resultado disso é que Salomão chegou a “compor três mil provérbios” e mil e cinco cânticos, conforme registrado em:

 I Reis 4:32:
“Compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.”

 que tratam dos mais variados assuntos, sendo que vinham de todas as partes, de todos os povos, enviados de reis, para ouvirem a respeito da sabedoria de Salomão. Além disso, Deus o concedeu muitos bens materiais.

                   O tempo do reinado de Salomão era uma época propícia para Deus guiar o seu povo. Dizia-se que Salomão assentava-se no trono de Yehowah ou Jeová e o reinado teocrático (governo que o poder reside na classe sacerdotal) estava no seu apogeu. Era tempo de paz, fartura e segurança, conforme:


I Reis 4:20-25:

20   Eram, pois, os de Judá e Israel muitos, numerosos como a areia que está ao pé do mar; comiam, bebiam e se alegravam.
21   Dominava Salomão sobre todos os reinos desde o Eufrates até à terra dos filisteus e até à fronteira do Egito; os quais pagavam tributo e serviram a Salomão todos os dias da sua vida.
22   Era, pois, o provimento diário de Salomão trinta coros de flor de farinha e sessenta coros de farinha;
23   dez bois cevados, vinte bois de pasto e cem carneiros, afora os veados, as gazelas, os corços e aves cevadas.
24   Porque dominava sobre toda a região e sobre todos os reis aquém do Eufrates, desde Tifsa até Gaza, e tinha paz por todo o derredor.
25   Judá e Israel habitavam confiados, cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão.


                        Entretanto, mesmo sob o domínio teocrático, o povo tinha seus problemas e suas dificuldades pessoais em virtude das imperfeições humanas e é compreensível que o povo se voltasse  para o sábio Rei Salomão em busca de ajuda para solucionar seus problemas, conforme registro no livro de Reis. Ao julgar a causa dos seus súditos, Salomão proferiu seus ensinos de forma prática, adequando-os às mais variadas situações e circunstâncias do dia-a-dia. Eram provérbios breves, porém, ricos em significado que foram prezados por aqueles que desejavam harmonizar seu modo de vida com a vontade de Deus.

                   Reflexão: a sabedoria divina contida no livro de Provérbios, os ensinos práticos, só produzirão efeito positivo na vida daqueles que almejam ajustar o seu padrão de conduta à vontade Deus.  O próprio livro de Provérbios considera “louco” aquele que despreza a sabedoria e o conselho de Deus.

                   Esta é a razão do “pensamento” ou “tema unificador” do livro:

Prov. 9:10
10   O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência.


Sobre o tema da lição de hoje, podemos resumi-lo numa frase:

Os provérbios nos ensinam a agir com sabedoria descrevendo a distinção de comportamento e de resultados de justos e ímpios. Vamos ver alguns temas propostos:

SABEDORIA NO FALAR


                   Há um dito popular que diz: “quem não se comunica se estrumbica”. Mas o termo “estrumbica” não é o correto. Aliás não existe no dicionário esse termo. O correto é: TROMBICA porque o verbo TROMBICAR diz respeito a: estrepar; sair-se mal; estrepar-se.

                   Pois bem! Quem fala pouco se TROBICA. E quem fala muito? Vocês se lembram de algum dito popular a respeito? “Quem fala muito dá bom-dia a cavalo”

                   Como procedermos diante dessa ambigüidade: falar pouco ou falar muito.  Creio que os dois comportamentos merecem correções.

                   A questão está no MAU USO da língua que produz:

a)     Ruína -  (10:8,10,14) ambas as partes (interlocutor/interceptador); muito embora pareça ao interlocutor estar em vantagem, isso não é verdade.
b)    Violência (10:11)  -   a violência pode se dar de forma contundente   mas, também, de forma branda e camuflada.
c) guarda ódio e difamação - ( 10:18) – que se traduz na   aversão a uma       pessoa ou coisa; inimizade; raiva;  rancor; antipatia.Descrédito,calúnia;  infamação.
d)    muitas transgressões (10:19) – transgressão de muitos outros      princípios.
e)     pouco valor (10:20) – coração do perverso vale muito pouco.
f)      produz somente o mal  (10:32) – reflete o que contém o coração.
g)     leva os tolos à morte (10:21) – falta de senso.


O ensino de Tiago:

Tg 3:6-8

6   Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno.
7   Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano;
8   a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.

                   Os malefícios do mau uso da língua se traduzem: na mentira, na maledicência, na fofoca. E isso resulta: nas amarguras, nas dissensões, divisões, altercações sem fim, etc. (Gl 5:20) – obras da carne.

20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,
                           

Por outro lado, o falar com sabedoria se traduz em bênção. É manancial de vida. A palavra do cristão deve ser  “sempre agradável”, temperada com sal (sem pimenta). Col 4:6        

6   A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.
                                     

                   Paulo escrevendo aos crentes de Éfeso recomenda:

Ef. 4:29

29   Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.

                   O ouvir antes do falar: Prov. 18:13

13   Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha.
                  
BUSCANDO O CAMINHO MELHOR

                   O livro de Provérbios utiliza de um método interessante quando em uma série de versículos inicia com a expressão: “melhor é”. Na verdade a sabedoria desses versos está na afirmação de valor. Somos incentivados a manter um padrão que nos distinga do padrão do ímpio. Alguns exemplos:

a)     diligência e valorização do pouco como produto do trabalho
     ao invés do contar vantagens e não ter nada.

b)    auto-controle e a mansidão como conquistas maiores ao invés de
     conquistar uma cidade  inteira.
c)     valorização do pouco com o Senhor ao invés de muitas riquezas
     com inquietação.

Certamente, esse é o melhor caminho porque é o caminho do justo.
O justo se distingue do ímpio quando assim procede e aceita viver de maneira sábia.   


O MALEFÍCIO DAS CONTENDAS


Prov. 6:12-19

12   O homem de Belial, o homem vil, é o que anda com a perversidade na boca,
13   acena com os olhos, arranha com os pés e faz sinais com os dedos.
14   No seu coração há perversidade; todo o tempo maquina o mal; anda semeando contendas.
15   Pelo que a sua destruição virá repentinamente; subitamente, será quebrantado, sem que haja cura.
16   Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina:
17   olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente,
18   coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal,
19   testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.

Reflexão: como temos nos comportado diante dos desentendimentos que vez ou outra aflige os nossos relacionamentos na família, no trabalho e na igreja?

O texto refere-se à expressão: “O homem de Belial”. O que significa isso? O próprio texto descreve alguma das características do homem de Belial: vil, perverso no falar, olhar malicioso, maquinador do mal, semeador de contendas. O livro de 1 Samuel, cap.2 referece-se aos crimes dos filhos de Eli.  E diz que os filhos de Eli eram filhos de Belial. E a expressão Belial tem conotação de indignidade e veleza(vil). É usada para caracterizar os vilões e agitadores, incitadores de outros a praticarem a idolatria, insurreição, imoralidade sexual, mentira. O homem de Belial é, na verdade, um rebelde.

                   As contendas, por sua vez, são fruto do ódio (10:12) “12   O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.; da incitação da ira ( 30:33) “33   Porque o bater do leite produz manteiga, e o torcer do nariz produz sangue, e o açular a ira produz contendas.”

                        As contendas são suscitadas pelo homem iracundo e cobiçoso (15:18)18   O homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo apazigua a luta.”, mas são espalhadas pelo homem perverso através da difamação.

                   O homem sábio resiste à provocação e não revida a ofensa. Utiliza-se da palavra branda para desviar o furor e não suscitar a ira.


JUSTIÇA NOS NEGÓCIOS


Tema de relevante importância dos provérbios diz respeito à pratica da JUSTIÇA NOS NEGÓCIOS, aplicáveis também no trabalho.

É comum ouvir dizer que “se o comerciante for pagar todos os impostos e cumprir todas as obrigações legais ou não praticar o suborno não terá como prosperar”.

No entanto provérbios condenam esse tipo de prática. E como ficamos diante do ensino correto e a prática do di-a-dia?

Reflexão:

O sábio nos desafia a confiar na provisão do Senhor (10:3) “3   O SENHOR não deixa ter fome o justo, mas rechaça a avidez dos perversos.”

O Senhor tem prazer na prática da honestidade e da justiça(11:1)  “1   Balança enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo é o seu prazer.

Sobre esse item, podemos resumir afirmando: o justo tem de colocar em prática nos seus negócios: a justiça, a ética e a diligência.  Esse é o diferencial entre o justo e o ímpio.

CONCLUSÃO

Apesar da variedade e do caráter aleatório dos provérbios individuais (explicar isso) – assuntos variados e aleatórios pq encerram em si uma idéia ou princípio a ser seguido – eles nos transmitem ensino bastante CLARO.
Há um clara distinção   entre o comportamento do ímpio e do justo.
As conseqüências desses e daqueles atos são bem definidas.
Os desafios são intensos de modo que devemos tomar posição e, para o nosso bem, decisão de agir com justos.

APLICAÇÃO


Temos cumprido o desafio de ler e meditar no livro de Provérbios?