domingo, 30 de dezembro de 2012

Reveillon da Santidade


“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17)

Todos nós sabemos o que significa uma faxina numa casa. Sentimos-nos bem melhor com o ambiente limpo, bem cuidado, perfumado e arejado. Há, porém, pessoas que dão pouca importância a esse tipo de trabalho, até mesmo porque se acostumaram à ambientes carregados e pouco cuidados. Mas as mulheres, em especial, sabem o que significa uma faxina completa, aquela de final de ano, quando se revira todos os cantos da casa, descarta-se todo tipo de material imprestável ao uso, etc. Separa-se para descarte, por exemplo: uma cadeira com uma das pernas quebradas, um aparelho doméstico que não funciona bem, uns livros usados e desatualizados, velhas agendas recheadas de anotações e papéis (na verdade, as anotações deveriam estar na agenda e não nos papéis encontrados no seu interior), algumas panelas queimadas e em desuso, uns pratos e copos com bordas trincadas, umas toalhas e peças de roupas desgastadas, canetas e pincéis ressecados, e outros objetos mais. Pois bem! A faxina de final de ano começa e termina assim. A dona de casa verá, finalmente,  que ganhou mais espaço e sentir-se-á feliz e realizada, MAS, antes que tais objetos sejam descartados e recolhidos em definitivo, pode acontecer que a dona de casa, tomada pelo sentimento de posse e apego, refletirá: será que aquela cadeira faltando uma perna não poderá ser recuperada? Sim, vou retorná-la para seu antigo lugar. E aquele aparelho doméstico que não funciona bem pode ser consertado? Sim, o retomarei de volta. E os livros desatualizados? Poderão ser úteis, ainda? Acho que sim. Os colocarei de volta na estante da sala. E as agendas? Parecem-me úteis na medida em que tenho tantas anotações nelas, por isso, as pegarei de volta. E os pratos e copos trincados? Quem sabe poderão me fazer falta. Quero-os de volta. Peças de roupas desbotadas? Que nada! Posso usá-las mesmo assim quando estiver na chácara. Finalmente, os pincéis e canetas ressecados. Tentarei recarregá-los com tinta para ver se os aproveito um pouco mais. Parece-nos engraçada esta história, mas vejo que ela se repete a cada ano. É que, sob o ponto de vista da vida cristã, fazemos isso também. Ao findar cada ano fazemos um balanço do que nos ocorreu e projetamos muito para o ano vindouro. Reconhecemos que faltou-nos mais dedicação à obra de Deus e nos propomos ser mais diligentes no ano seguinte. Pecados e falhas que cometemos durante todo o ano, prometemos não repeti-los no próximo ano. Reconsagramos diante do altar nossas vidas e nossos bens para dedicá-los ao serviço do Senhor. Até choramos diante das mensagens e apelos que ouvimos nas pregações de final de ano. Afinal, prometemos santificar ao Senhor tudo o que temos e que somos com promessas de obediência e santa submissão. Queremos ser “santos”, fazendo uma varredura de todos os arquivos e componentes da mente e coração “mandando prá lixeira”, ainda que provisoriamente, tudo o que reconhecemos desagradar a Deus, quando, na verdade, deveríamos “deletá-los” de imediato.         O "reveillon da santidade" se repete a cada ano, contudo, antes mesmo que deletemos (por completo) as coisas que desagradam a Deus, logo, estamos nós, nos primeiros meses do novo ano, repetindo as mesmas coisas que retiramos do compartimento chamado “mente e coração”. Estamos como que revirando a “lixeira” para recuperar o que deveríamos jogar fora. Por isso, devemos cuidar para que não venhamos ser encontrados assim.  A santificação é um processo que dura por toda a vida e que deve ser o alvo de todo cristão. Constante santificação deve ser o nosso objetivo. O apóstolo Paulo, escrevendo ao jovem Timóteo o recomenda:“Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor (II Tm 2:22). E, ainda: “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra” (II Tm 2:21). Como se vê, a santificação implica em renúncia aos pecados e erros que cometemos a cada dia. Só estaremos preparados para a boa obra que o Senhor nos reservou se estivermos puros diante de Deus, como utensílios e vasos de honra.  É natural que façamos, a cada final de ano, uma reflexão, porém, nossas atitudes devem ser mudadas para melhor. E que Deus tenha misericórdia de nós, para que não nos acostumemos com o ambiente inóspito que desagrada ao Senhor. Pb. Hely

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

NATAL sem JESUS

Natal  para o cristão pressupõe, antes de tudo, BOA-NOVA. Notícia de grande salvação. Essa boa-nova de salvação foi anunciada pelo anjo do Senhor aos pastores, conforme registro do evangelista Lucas. "O anjo porém, lhes disse: Não temais; eis que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo; é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi  o Salvador, que é Cristo, o Senhor."(Lucas 2:10-11). Natal significa, portanto, alegria em razão de Deus ter cumprido sua promessa de, no tempo oportuno, enviar seu Filho para restaurar o que se havia perdido. Mas podemos pressupor natal sem a presença de Jesus? Como seria um Natal sem Jesus? Sim podemos constatar que para muitos o natal, necessariamente, não exige a presença de Jesus. E isso não é de agora. Vejam que o evangelista João noticiou coisa semelhante: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam". Os Judeus rejeitaram o Messias porque esperavam um Rei que pudesse governar sobre eles com a força da espada. Esperavam um reinado à semelhança dos reinos deste mundo. Mas Jesus não é esse rei que os Judeus esperavam. João Batista, precursor de Jesus, já anunciava: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus".(Mateus 3:2). E o próprio Jesus, diante de Pilatos, disse:"O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui"(João 18:36). Lamentavelmente, a situação não melhorou. O natal para muitos está longe de ser a anunciação da boa-nova de salvação. Ao contrário, constitui-se de momentos de intenso deleite nos prazeres da carne, ao som de muita música profana, bebedices, glutonaria, sensualidade e outros inconvenientes. Jesus, não passa de uma figura mitológica para muitos e o natal uma oportunidade de lazer e consumo. Aquele que deveria ser presenteado com atitudes de reverência e carinho, mediante santa submissão, por ser Ele o centro das atenções, certamente, continua à margem da festa que marca o cristianismo. Em seu lugar, aflora-se outra figura, o homem, com toda sorte de pecados, costumes e cultura. Tudo centrado na sua própria pessoa. Mas, o apóstolo Paulo, escrevendo ao Romanos, adverte: " Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." (Romanos 14:17). Pensemos, pois, no verdadeiro Natal e vejamos se estamos nos comportando como autênticos cristãos. E que Deus tenha misericórdia de nós. Pb. Hely

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O Poder do pecado

Recentemente a mídia tem ocupado muito do seu espaço para noticiar os escândalos cometidos por personagens de notável influência na política, nos órgãos públicos e no meio empresarial do Brasil. É bem verdade que fatos negativos que envolvem  personagens influentes acontecem em qualquer parte do mundo, contudo, no Brasil, parece-nos que a situação já chegou ao nível do descontrole. É que, quando menos se espera, surge uma notícia de corrupção e desvio de conduta.  Há poucos dias vimos um desses personagens saindo da prisão para se internar em um estabelecimento hospitalar para tratamento da saúde. Os médicos, através de boletim, informaram que o paciente estava com seu estado físico debilitado, pelo que precisariam de alguns dias para reabilitar o doente, contudo, o que mais os preocupavam era o estado emocional e psíquico do paciente. Este se encontrava confuso, deprimido, alternando momentos de grande euforia e depressão. Pois bem! Aproveitando esta triste notícia quero fazer com você uma reflexão acerca do PODER DO PECADO. E vou logo indagando: tem de fato o pecado poder sobre as pessoas? Se ele tem poder sobre as pessoas, onde ele as atinge? Quero lhe responder com base na Bíblia, a Palavra de Deus, senão vejamos: A Bíblia diz que todos pecaram, sem exceção. Rm 3:23 - "todos pecaram e carecem da glória de Deus".  Davi, no Salmo 51:5 assim diz: "Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe."  O evangelista João, referindo-se a uma palavra de Jesus, assim escreveu: João 8:34 -"replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado". Portanto, meus queridos, o pecado é uma realidade na vida do homem (gênero), não havendo a menor possibilidade de negarmos isso. E, mais, todo o que vive no pecado é escravo do pecado. Muitos, porém, confundem pecado, corrupção e outros desvios de comportamento, com sucesso e prosperidade. Adquirir muitos bens e ser influente pode significar para muitos o mesmo que ser "bem-sucedido" e ser "próspero". E, em busca desta "prosperidade",  muitos se perdem. Muito se afundam no pecado. O pecado, sendo uma realidade, tem poder para atingir o homem: no seu físico: Davi, mais uma vez, referindo-se ao pecado, e, agora, no tocante ao seu próprio pecado, assim diz: Salmo 32:3-4 -"Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos constantes gemidos todo dia". "Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio."Sim, o pecado atinge o homem no seu físico a ponto de levá-lo a morte. Mas o pecado atinge o homem, também, na sua alma. O profeta Ezequiel, falando da parte de Deus a respeito da responsabilidade pessoal, assim disse: "Veio a palavra do Senhor, dizendo: A Alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este."(Ez 18: 1 e 20). Isso quer dizer que cada um dará conta de si  no dia do juizo. O pecado não só debilita o físico mas fere a alma com dardos inflamáveis. O pecador experimentará, inexoravelmente, a força do pecado sobre a sua alma a ponto de vê-la abatida. Finalmente, o pecado atinge o homem no seu psíquico. O apóstolo Paulo, em sua segunda epístola aos Corintios diz: "Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza  devidas a Cristo."(II Co 11:3) Ainda, em sua segunda carta endereçada a Timóteo, Paulo trata dos males e as corrupções dos últimos dias, asseverando: "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus........E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé." (II Tim 3: 1 a 4 e 8). Vejam, portanto, a atualidade da Palavra de Deus. Aplicável ao homem de ontem e de hoje. A corrupção nos dias de hoje não é menor do que nos dias de Sodoma. O homem sem Deus continua escravo e a mercê do pecado; com a sua mente corrompida. Somente o poder transformador e regenerador do Espírito Santo de Deus é capaz de mudar a história de tantos personagens, conhecidos ou não, influentes ou não. "Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à salvação, ainda que não falamos desta maneira". (carta aos Hebreus 6:9). Só há um poder capaz de sobrepor o poder do pecado: o poder Regenerador do Espírito Santo de Deus. Pb. Hely

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Palavrão


Palavrão? @#%*!!!! Como assim?!

O Solano Portela já escreveu aqui sobre palavrão. Acredito que ele já mostrou com clareza os argumentos bíblicos para que os seguidores de Jesus não fiquem usando palavrões em suas comunicações, faladas ou escritas. Há outros argumentos baseados no bom senso, educação e etc.

É que de vez em quando leio os murais e comentários de alguns dos mais de 3 mil "amigos" que tenho no Facebook e não poucas vezes me deparo com murais compartilhando fotos meio-eróticas, palavrões, para não falar de comentários cheios de palavras chulas e palavrões do pior tipo. Sei que boa parte destes amigos não são crentes em Jesus Cristo. Mas estou me referindo aos que se identificam como crentes, que postam tanto declarações de fé e amor a Jesus quanto material chulo.

Os argumentos a favor do uso de palavrões pelos crentes podem parecer bons: todo mundo usa, trabalho ou estudo num ambiente de descrentes e não quero parecer um ET, não tenho nenhuma intenção maligna ou pornográfica, etc.

O problema - para os crentes que tomam a Bíblia como regra de fé e prática e como o referencial de Deus para suas vidas - é o que fazer com estas passagens:

"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem" (Ef 4:29).

"3 Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos;  4 nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças.  5 Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.  6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.  7 Portanto, não sejais participantes com eles" (Ef 5:3-7).

"34  Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração.  35 O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más.  36 Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo;  37 porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mat 12:34-37).

"Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (1Cor 15:33)".

"Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar" (Col 3:8).

"A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um" (Col 4:6).

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento". (Filip 4:8).

As interpretações destes versículos podem variar entre si, mas resta pouca dúvida de que o conjunto deles traz uma mensagem uniforme: o filho de Deus é diferente do mundo, no que pensa e no que fala. A pureza e a santidade requeridas na Bíblia para os cristãos abrange não somente seus atos como também seus pensamentos e suas palavras.

Eu sei que muitos vão dizer que o problema é a definição de palavrão. Entendo. Sei que palavras que ontem arrepiavam os cabelos de quem as ouviam, hoje viraram parte do vocabulário normal. Sei também que palavras que são palavrão numa região do Brasil não são em outra. Mesmo considerando tudo isto, ainda há muitos cristãos que usam palavrões no sentido geral e normal. É só ler blogs, comentários em blogs, murais e comentários no Facebook, tuítes da parte de gente que se diz crente.

Acho que a vulgarização do vocabulário dos evangélicos é simplesmente o reflexo do que já temos dito aqui muitas outras vezes: o cristianismo brasileiro é superficial, tem muita gente que se diz evangélica mas que nunca realmente experimentou o novo nascimento, as igrejas evangélicas estão cedendo ao mundanismo e ao relativismo da nossa sociedade. em vez de sermos sal e luz estamos nos tornando iguais ao mundo no viver, agir, pensar e falar.

Proponho o retorno daquele corinho que aprendíamos quando éramos crianças nos departamentos infantis das igrejas históricas:

"O sabão, lava meu rostinho
Lava meu pezinho, lava minha mão.
Mas, Jesus, prá me deixar limpinho,
Quer lavar meu coração".