quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Tesouros do coração

Tesouros do coração
Lucas 12. 22-34

Que seria para você um tesouro valioso? Um velho e esquecido baú cheio de joias e moedas de ouro submerso nas profundezas do oceano? Bens móveis e imóveis? Carreira profissional? Formação acadêmica? Família? Amigos? Religião? Comida? Vida social? Para muitas pessoas, quase todos estes itens constituem em tesouros preciosos e almejados diuturnamente. Na busca frenética pelo ter, muitas pessoas chegam a perder o sono, se sobrecarregam, estressam, ficam doentes, perdem o humor e o senso de humanidade.
Todos estes valores são importantes e necessários, a princípio, não há nada de errado em querer obtê-los. A meu ver, o erro está no fator intensidade, ou seja, no quanto de tempo, forças e atenção estamos dedicando no afã de poder alcançá-los; no quanto estamos focados neles. É devido a este descuido que muitas pessoas estão vivendo um nível de ansiedade profundo; e sobre esta matéria, o Senhor Jesus nos orienta por meio de Sua palavra a não andarmos ansiosos por coisa alguma (Lc. 12. 22). Eu sei, isso não é fácil! Porém, é de extrema relevância que consideremos as palavras do Senhor Jesus. Pois, a vida é mais do que alimento, e o corpo é mais do que as vestes. Ou seja, numa escala de prioridades, há valores mais importantes a serem almejados e conquistados. Para Deus que está cuidando e sustentando todos os dias a Sua criação, nós estamos no topo de Suas prioridades (vs. 24 c, 28 c, 32). Precisamos reconhecer ainda, que por mais aflitos e ansiosos que estejamos não temos, em hipótese alguma, o poder de mudar coisa alguma à nossa volta por menor e mais simples que seja. Não podemos nos entregar a inquietações, Deus sabe de tudo o que necessitamos!
E a pergunta é... Onde está o teu tesouro? Tesouros estabelecidos determinam o lugar onde está o nosso coração. Portanto, se o nosso alvo é acertar sobre este assunto o Senhor nos ensina a considerar uma prioridade que vem antes de todas as demais afim de que os nossos corações repousem em paz. E essa prioridade está no versículo 31. O Reino de Deus, Seu governo e Seu domínio em nossas vidas, devem ser antes de tudo um alvo almejado e buscado por todos nós, como o garimpeiro que sai todos os dias, incansavelmente, em busca da melhor e mais preciosa pedra do tesouro. Rev. Israel Domingos Pereira  - é pastor da Igreja Presbiteriana União em Goiânia,Goiás, Brasil

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O Dia do Idoso

REFLEXÕES SOBRE A IDADE
“Diante das cãs te levantará para dar honra, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu Sou o Senhor”. Levítico 19.32
O dia 22 de setembro é destinado como “o dia do idoso”. Por que celebrar este dia? Existe um contraste entre o jovem e o idoso (cf. Gn 19.4 e Sl 37.25), nem por isso podemos menosprezar os idosos, que são dignos de honra e respeito, pois atingiram o estágio na vida chamado de velhice, não perdendo, assim, o direito de existirem. Na sociedade hebraica eles estavam juntos com as crianças nas ruas, mesmo que apoiados em seus bordões (cf. Zc 8.4).
Em nossos dias os jovens não convivem com os idosos, não somente por suas muitas ocupações, mais infelizmente por supervalorizarem sua juventude e acreditarem que permanecerão jovens para sempre. Contudo os dias passam para todos e ninguém volta no tempo para não envelhecer. Alguns resistem a passagem do tempo tentando preservar um “espirito de jovem” e isso pode gerar crises com o passar dos dias. Pois nada fará um jovem retroceder no tempo. Cirurgias plásticas alisam o exterior, sem mudanças internas, e mesmo que se submeta ao transplante de órgãos internos, ao acordar, você terá a mesma idade de antes. Leia o Salmo 37.25 e entenda o que Davi diz: Ele já foi jovem, mas agora é velho, adquiriu conhecimentos e viu Deus suprindo as necessidades diárias dos justos, fortalecendo-o a suportar os dias e atingir a maturidade à medida que o tempo passa.
Os idosos eram quem orientavam os mais jovens (cf. Ez 7.26). Os mais jovens também aconselhavam, sem muita eficácia, como registrado em 1 Reis 12.8,9, onde Roboão desprezou os conselhos dos anciãos, seguiu os dos jovens e sobrecarregou o povo, dizendo que seu dedo mínimo seria mais pesado do que os lombos de seu pai.
Devemos nos ater aos conselhos dos idosos, pois eles podem salvar vidas, leia Jeremias 26.16 a 24, e veja que ele pode completar seu ministério, mesmo que Judá tenha se oposto à palavra de Deus. Os idosos formavam um grupo de conselheiros nas cidades (cf. Dt 21.19; 22.15) para resolverem questões: morais (Dt 22.15), acordos sobre propriedades (Rt 4) e julgamentos de homicídios (Dt 19.12; 21.1, ss.). A idade avançada permite a pessoa pensar e agir com mais prudência e discernimento, para resolver problemas em geral.
Para os que estão recebendo esta homenagem hoje, quero lhes lembrar da importância dos senhores e senhoras desde os tempos da formação do povo de Deus no Antigo Testamento até a consumação de nossos dias. Comemorem este dia, pois ainda há muito que fazer por esta juventude, que pensa como se não fossem envelhecer.
Pr. Kárley Guilarde França

sábado, 7 de setembro de 2013

Aos meu amigos



Não te fatigues
Cansando-te inutilmente

Lembra-te,
És frágil e impotente

Há alguém, porém,
Que importa contigo

Ele é forte, poderoso,
É conforto na tribulação

Sim, Deus é o todo poderoso
É rochedo forte na tempestade
Entregue-se a Ele
E estarás seguro nas adversidades. Hely

A Doutrina da Salvação

A Doutrina da Salvação
O Calvinismo e o Arminianismo
[...] deve-se observar que os “cinco pontos do calvinismo”, assim chamados, são simplesmente a resposta calvinista aos cinco pontos do manifesto (The Remonstrance - A Representação) apresentado por certos “belgas semi-pelagianos”, nos começos do século XVII. A teologia ali contida (conhecida na história como arminianismo [em referência a Jacobus Arminius]) originou-se de dois princípios filosóficos: primeiro, que a soberania divina é incompatível com a liberdade humana, e, portanto, também com a responsabilidade humana; em segundo lugar, que habilidade é algo que limita a obrigação. Com base nesses princípios, os arminianos extraíram duas deduções; primeira, visto que a Bíblia considera a fé como um ato humano livre e responsável, ela não pode ser causada por Deus, mas é exercida independentemente dEle; segunda, visto que a Bíblia considera a fé como obrigatória da parte de todos quantos ouvem o evangelho, a capacidade de crer deve ser universal. Portanto, eles afirmam, as Escrituras devem ser interpretadas como se ensinassem as seguintes posições: (1) O homem nunca é de tal modo corrompido pelo pecado que não possa crer salvaticiamente no evangelho, uma vez que este lhe seja apresentado; e (2) o homem nunca é de tal modo controlado por Deus que não possa rejeitá-Lo. (3) A eleição divina daqueles que serão salvos alicerça-se sobre o fato da previsão divina de que eles haverão de crer, por sua própria deliberação. (4) A morte de Cristo não garantiu a salvação para ninguém, pois não garantiu o dom da fé para ninguém (e nem mesmo existe tal dom); o que ela fez foi criar a possibilidade de salvação para todo aquele que crê. (5) Depende inteiramente dos crentes manterem-se em um estado de graça, conservando a sua fé; aqueles que falham nesse ponto, desviam-se e se perdem. Dessa maneira, o arminianismo faz a salvação do indivíduo depender, em última análise, do próprio homem, pois a fé salvadora é encarada, do princípio ao fim, como obra do homem, pertencente ao homem e nunca a Deus.
O Sínodo de Dort foi convocado em 1618 a fim de manifestar-se sobre essa teologia, e os “cinco pontos do calvinismo” representam suas contra-afirmações. Esses cinco pontos originam-se de um princípio inteiramente diferente—o principio bíblico de que “a salvação vem do Senhor” (Jonas 2:9). Esses cinco pontos podem ser sumariados como segue: (1) O homem decaído, em seu estado natural, não tem capacidade alguma para crer no evangelho, tal como lhe falta toda a capacidade para dar crédito à lei, a despeito de toda indução externa que sobre ele possa ser exercida. (2) A eleição de Deus é uma escolha gratuita, soberana e incondicional de pecadores, como pecadores, para que venham a ser redimidos por Cristo, para que venham a receber fé e para que sejam conduzidos à glória. (3) A obra remidora de Crista teve como sua finalidade e alvo a salvação dos eleitos. (4) A obra do Espírito Santo, ao conduzir os homens à fé, nunca deixa de atingir o seu objetivo. (5) Os crentes são guardados na fé e na graça pelo poder inconquistável de Deus, até que eles cheguem à glória. Esses cinco pontos têm sido convenientemente indicados pela palavra mnemônica TULIP*: Total depravação, Uma eleição incondicional, Limitada expiação, Irresistível graça e Perseverança dos santos.
J. I. Packer
Extraído do livreto, O “Antigo Evangelho”, pp.5-7.
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* TULIP significa Tulipa em inglês. Os cinco pontos que formam o acróstico em inglês é Total Depravity, Unconditional election, Limited Atonement, Irresistible Grace e Perserverance of the Saints.