sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Famílias imperfeitas




Todos nós procuramos alcançar um padrão, um estilo de vida, ou mesmo fazemos ou deixamos de fazer alguma coisa para sermos aceitos e aprovados pelos outros. Individualmente, procuramos aperfeiçoar nossos dons e talentos para sermos vistos como pessoas de sucesso. Isto quer dizer que ninguém almeja o próprio fracasso. As empresas, por sua vez, de acordo com os alvos propostos pelos seus dirigentes, submetem-se aos programas de certificação de qualidade, daí, os conhecidos isos: ISO 2000, 2010, 2012 e assim por diante. É o certificado de qualidade que atesta que uma empresa atingiu um nível de satisfação na sua área de atuação, depois de cumprir ou preencher certos requisitos da certificação. Porém, mesmo atingindo esse almejado grau de certificação de qualidade, vez ou outra, verificamos algum deslize ou dificuldade a ser corrigido. Não há perfeição! Transportando essa ideia para o campo pessoal, temos notado que, também, por mais que nos esforcemos, temos muito por melhorar até atingir um nível razoável de satisfação. Não existe perfeição no homem. Ampliando a mesma ideia para o campo familiar, chegaremos à mesma conclusão que "as famílias não conseguem atingir um padrão de satisfação". Sempre haverá um membro dessa família a fugir do ideal. Isso quer dizer que não há família perfeita. E o pior de tudo é que temos a tendência natural de observar os defeitos da família alheia. Muitas vezes queremos impor à família alheia o padrão que almejamos para a nossa.  É aí que surgem os conflitos. Mas de onde vem a imperfeição familiar?  A bíblia nos informa, através dos seus registros, que a primeira família criada por Deus era perfeita em todos os sentidos. Assim dizem as Escrituras: "Criou Deus, pois o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou: homem e mulher os criou. E Deus os abençoou."  E, ainda: "Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom" (Gn 1: 27,28 e 31). Vejam que a primeira família passou pela certificação de qualidade do próprio Deus, por uma simples razão: preencheu os requisitos da certificação em todos os aspectos, quais sejam: físico, moral, intelectual e espiritual. Contudo, por causa da desobediência original, não somente os primeiros membros da perfeita família se tornaram defeituosos em sua essência, mas, todas as famílias da terra, de todas as épocas, de todas as tribos e gerações, se corromperam moral e espiritualmente, cf. Gn 3: 7-24. Diante desta realidade, o que fazer? Devemos reconhecer as imperfeições da nossa família como reflexo do pecado, da transgressão da lei de Deus. Herdamos a natureza pecaminosa de nossos primeiros pais. Pecado não é "mito". Pecado é realidade. Todos nós erramos o alvo e precisamos nos corrigir. As imperfeições, no entanto, não poderão nos levar à exaustão. Temos de ir à luta, conquanto, há uma saída. Há um foco de luz e de esperança em toda e qualquer situação. Nunca é tarde para se restaurar os relacionamentos familiares utilizando-se as poderosas ferramentas colocadas aos nosso dispor pelo bom Deus: o perdão, os atos de misericórdia, a paciência, a tolerância e a compreensão. Ao final, veremos que temos muitos motivos de gratidão a Deus pela família que Ele nos deu. E que o bom Senhor tenha misericórdia das nossa famílias. Pb. Hely

155 anos de bênçãos



O PRESBITÉRIO OESTE DE GOIÂNIA - POSG, com o apoio do SÍNODO BRASIL CENTRAL, estará promovendo um Culto de Ação de Graças pelos 155 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil. Será um momento marcante na vida da IPB, na região Centro Oeste. De norte a sul do país, manifestações de louvor estão acontecendo em razão de tão grande bênção. Afinal, ao completar 155 de fundação, a IPB só tem mesmo é que agradecer ao Senhor da igreja, Jesus, as inumeráveis oportunidades que teve de propagar o autêntico Evangelho à nação brasileira, ainda, tão carente da Palavra de Deus.  Fiel aos princípios da Reforma Protestante do Século XVI, a IPB se destaca pela firmeza doutrinária, herdeira que é da reforma. Por isso, o Presbitério Oeste de Goiânia convoca o povo presbiteriano e irmãos em Cristo das demais denominações cristãs e, ainda, seus convidados,  a se fazerem presentes neste grandioso evento.






quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Reflexão sobre Romanos 1: 1 a 7



VOCÊ É UM SERVO, AMADO POR DEUS E SANTO (Leia Rm 1.1-7)
Logo após a desobediência do primeiro casal humano, toda a humanidade se viu separada espiritualmente de Deus, expulsa do Paraíso, em uma triste expectativa de morte física e de morte eterna. Diante dessa situação desoladora, Deus revelou seu plano para salvar os seres humanos, destruindo o mal, por meio de um homem (Gn 3.15). Esta foi, sem dúvida, a primeira “boa notícia” que saiu do coração de Deus, depois da queda: o “evangelho” em forma de semente, que deveria se desenvolver até se consumar na plenitude dos tempos (Gl 4.4).
A promessa de salvação, portanto, veio antes de Deus chamar a Abraão (Gn 12) e de formar um povo exclusivamente seu. Assim, a salvação é para todos os povos, embora ela própria venha através dos filhos de Abraão, pois é a partir dele que todas as famílias da terra deveriam ser abençoadas (Gn 12.3). Com efeito, não foi outra coisa que os profetas continuaram a dizer nas Sagradas Escrituras, prometendo a vinda de um descendente de Davi (Rm 1.2 e 3), que se assentaria no seu trono para sempre e que seria, ao mesmo tempo, filho do próprio Deus (2Sm 7.12-17). É bom notar que parte desta profecia se aplica imediatamente a Salomão e parte dela, a longo prazo, ao Senhor Jesus Cristo.
O apóstolo Paulo, sendo judeu, descendente de Abraão, descobriu essa verdade logo após o seu encontro com Jesus (At 9.1-9), que o comissionou para levar o seu Nome perante os gentios (At 9.15), isto é, aos povos que não descendem de Abraão. Por isso, Paulo afirma ter sido “chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho, (...) entre todos os gentios” (Rm 1.1 e 5).
Paulo, em sua carta aos Romanos (1.3 e 4), salienta a dignidade daquele que o chamou, Jesus Cristo, pois é ele não apenas o filho do grande rei Davi, segundo a carne, mas é nomeado “o Filho de Deus”, cujo poder resta patente por sua santidade absoluta e por sua ressurreição dentre os mortos, quando se apresenta, agora, não mais como o Servo Sofredor (Is 52.13 – 53.12), mas como Senhor, cercado de luz gloriosa (At 9.3 e 4) e investido em sua autoridade plena.
Então, Paulo afirma que é servo de Jesus (Rm 1.1). Servo, não no sentido de prestar serviços involuntários, mas no sentido de servir, humildemente, com toda submissão e com todas as suas forças, àquele que, por um pouco de tempo, deixou sua glória para nos salvar (Fp 2.7).
Jesus Cristo, o Senhor, sendo homem (filho de Davi) e Deus (filho de Deus), é, portanto, o mediador entre o Pai Celeste e os homens. É por meio dele que nós, a humanidade caída e condenada, somos favorecidos pelo Pai, como o foi o próprio Paulo, mediante a obediência que resulta da fé (Rm 1.5).
Assim, nós, da mesma forma que Paulo, fomos chamados para ser servos, pertencentes a Jesus Cristo (Rm 1.6), a quem devemos servir com alegria. É aqui que reside a maior dificuldade do homem natural, pois sendo soberbo, não admite seja necessário abrir mão do controle de sua vida descontrolada, para submetê-la ao Senhor que, querendo ou não, controla todas as coisas. Essa é, também, a grande dificuldade de muitos crentes que vivem a vida cristã de maneira deficiente, pois ainda não aprenderam a confiar e a se submeter totalmente ao seu Senhor. É verdade que servir a qualquer outro senhor, que não nos ama, compromete a nossa liberdade e dignidade, mas servir ao Senhor que nos chama de seus “amados” (Rm 1.7) implica conquistar a verdadeira liberdade e dignidade (Jo 8.36).
Além disso, nós, como os cristãos que estavam em Roma, também fomos chamados para refletir, aqui no mundo, aquilo que o nosso Senhor é. Neste sentido, fomos chamados para ser santos (Rm 1.7), pois diz a Escritura: “Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.16; Lv 20.26).
Você crê em Jesus? Então, você é um servo, amado por Deus e santo!
O Rev. Mauri Tavares é pastor auxiliar na Segunda Igreja Presbiteriana de Goiânia, Goiás, Brasil