"Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne......"Tal apelo se baseia no ensino doutrinário a respeito da eficácia absoluta do sacrifício único de Cristo e da Sua permanente condição e capacidade como Sumo Sacerdote. É um apelo para que se entre na presença de Deus mediante a fé, sem a necessidade de intermediadores humanos, haja visto que Cristo, pela sua Obra, já conquistou esse acesso a todos os crentes. Que privilégio!
Mas dois versículos me chamaram muito a atenção, sendo eles o 38 e 39 encerrando o capítulo 10:
"Todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma."Daí me veio uma indagação: qual a razão de muitos que, depois de iluminados pelo Espírito Santo a viverem uma vida pia e justa diante de Deus e, a gozarem da viva esperança da vida eterna, em determinado momento retrocedem dando lugar ao abandono da confiança e ao desprezo do privilégio de acesso à presença de Deus?
Na verdade, muitos destes estão com suas mentes adormecidas. Estão embriagados com as "oportunidades" deste mundo. Suspiram e suspiram ansiosamente para conquistar bens, fama, posição e prestígio, sem se darem conta de tão grande privilégio: adentar à presença de Deus e gozar da viva esperança que só Ele pode conceder.
Muitos que, outrora, anunciaram a mensagem de esperança e salvação, agora, em contínuo processo de retrocesso, estão sendo chamados à correção de rumo, se bem observarem o apelo desta carta.
"Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos." (v. 32)
"Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão." (v. 35)Destaca-se, também, os resultados do pecado consciente e deliberado conforme expressão do versículo 26:
"Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados."
E se não resta sacrifício pelos pecados resta a sujeição ao juízo de Deus.
Vejam pois que o tempo é oportuno para que todos nós reflitamos acerca de tão grande privilégio de podermos conhecer a Cristo e ter acesso à presença de Deus. E que Deus tenha misericórdia de todos nós. Pb. Hely